segunda-feira, 31 de maio de 2010

Cap. 3 – A Criação - VI – Considerações e Concordâncias Bíblicas Referentes à Criação - LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC

Boa Noite meus amigos,hoje nós vamos dialogar sobre o
Cap. 3 – A Criação - VI – Considerações e Concordâncias Bíblicas Referentes à Criação

Esse Assunto eu pesquisei no Site:http://livrodosespiritos.wordpress.com/

OBS.: Façam seus comentários para que eu saiba qual é a sua opinião, Vocês acham que eu deveria acrescentar outros temas???...



VI – Considerações e Concordâncias Bíblicas Referentes à Criação

59. Os povos fizeram idéias bastante divergentes sobre a criação, segundo o grau de seus conhecimentos. A razão apoiada na Ciência reconheceu a inverossimilhança de algumas teorias. A que os Espíritos nos oferecem confirma a opinião há muito admitida pelos homens mais esclarecidos.

A objeção que se pode fazer a essa teoria é a de estar em contradição com os textos dos livros sagrados. Mas um exame sério nos leva a reconhecer que essa contradição é mais aparente que real, resultante da interpolação dada a passagens que, em geral, só possuíam sentido alegórico.

A questão do primeiro homem, na pessoa de Adão, como único tronco da Humanidade, não é a única sobre a qual as crenças religiosas têm de modificar-se O movimento da Terra parecia, em determinada época, tão contrário aos textos sagrados que não há formas da perseguição a que essa teoria não tenha dado pretexto. Não obstante, a Terra gira, malgrado os anátemas, e ninguém hoje em dia poderia contestá-lo sem ofender a sua própria razão.

A Bíblia diz igualmente que o mundo foi criado em seis dias, e fixa a época da criação em cerca de quatro mil anos antes da era cristã. Antes disso, a Terra não existia; ela foi tirada do nada. O texto é formal. E eis que a Ciência positiva a Ciência inexorável vem provar o contrário. A formação do globo está gravada em caracteres indeléveis no mundo fóssil, e está provado que os seis dias da criação representam outros tantos períodos, cada um deles, talvez, de muitas centenas de milhares de anos. E não se trata de um sistema, uma doutrina uma opinião isolada, mas de um fato tão constante como o do movimento da Terra, e que a Teologia não pode deixar de admitir prova evidente do erro em que se pode cair, quando se tomam ao pé da letra as expressões de uma linguagem freqüentemente figurada(1). Devemos concluir, então, que a Bíblia é um erro? Não; mas que os homens se enganam na sua interpretação(2) .

A Ciência, escavando os arquivos da Terra, descobriu a ordem em que os diferentes seres vivos apareceram na superfície, e essa ordem concorda com a indicada no Gênese, com a diferença de que essa obra, em vez de ter saído miraculosamente das mãos de Deus, em apenas algumas horas, realizou-se sempre pela sua vontade, mas segundo a lei das forças naturais, em alguns milhões de anos. Deus seria, por isso, menor e menos poderoso? Sua obra se tornaria menos sublime, por não ter o prestígio da instantaneidade? Evidentemente, não. É preciso fazer da Divindade uma idéia bem mesquinha para não reconhecer a sua onipotência nas leis eternas que ela estabeleceu para reger os mundos. A Ciência, longe de diminuir a obra divina, no-la mostra sob um aspecto mais grandioso e mais conforme com as noções que temos do poder e da majestade de Deus, pelo fato mesmo de ter ela se realizado sem derrogar as leis da Natureza.

A Ciência, de acordo neste ponto com Moisés, coloca o homem por último na ordem da criação dos seres vivos. Moisés, porém, coloca o dilúvio universal no ano 1654 da formação do mundo, enquanto a Geologia nos mostra o grande cataclismo como anterior à aparição do homem, tendo em vista que, até agora, não se encontra nas camadas primitivas nenhum traço da sua presença, nem da presença dos animais que, sob o ponto de vista físico, são da sua mesma categoria. Mas nada prova que isso seja impossível; várias descobertas já lançaram dúvidas a respeito, podendo acontecer, portanto, que de um momento para outro se adquira a certeza material da anterioridade da raça humana. E então se reconhecerá que, nesse ponto, como em outros, o texto bíblico é figurado.

A questão está em saber se o cataclismo geológico é o mesmo de Noé. Ora, a duração necessária à formação das camadas fósseis não dá lugar a confusões, e no momento em que se encontrarem os traços da existência do homem anteriores à grande catástrofe, ficará provado que Adão não foi o primeiro homem, ou que a sua criação se perde na noite dos tempos. Contra a evidência não há raciocínios possíveis e será necessário aceitar o fato como se aceitou o do movimento da Terra e o dos seis períodos da Criação.

A existência do homem antes do dilúvio geológico é, não há dúvida, ainda hipotética, mas eis como nos parece menos. Admitindo-se que o homem tenha aparecido pela primeira vez na Terra há quatro mil anos antes do Cristo, se 1650 anos mais tarde toda a raça humana foi destruída, com exceção apenas de uma família, conclui-se que o povoamento da Terra data de Noé, ou seja, de 2350 anos antes da nossa era. Ora, quando os hebreus emigraram para o Egito, no décimo oitavo século, encontraram esse país bastante povoado e já bem avançado em civilização. A História prova que, nessa época, a Índia e outros países eram igualmente florescentes, mesmo sem levarmos em conta a cronologia de certos povos, que remonta a uma época ainda mais recuada. Teria sido então necessário que do vigésimo quarto ao décimo oitavo século, quer dizer, num espaço de seiscentos anos, não somente a posteridade de um único homem tivesse podido povoar todas as imensas regiões então conhecidas, supondo-se que as outras não estivessem povoadas, mas também que, nesse curto intervalo, a espécie humana tivesse podido elevar-se da ignorância absoluta do estado primitivo ao mais alto grau de desenvolvimento intelectual, o que é contrário a todas as leis antropológicas.

A diversidade das raças humanas vem ainda em apoio desta opinião. O clima e os hábitos produzem, sem dúvida, modificações das características físicas, mas sabe-se até onde pode chegar a influência dessas causas, e o exame fisiológico prova a existência, entre algumas raças, de diferenças constitucionais mais profundas que as produzidas pelo clima. O cruzamento de raças produz os tipos intermediários; tende a superar os caracteres extremos, mas não cria estes, produzindo apenas as variedades. Ora, para que tivesse havido cruzamento de raças, era necessário que houvesse raças distintas, e como explicarmos a sua existência, dando-lhes um tronco comum e sobretudo tão próximo? Como admitir que, em alguns séculos, certos descendentes de Noé se tivessem transformado a ponto de produzirem a raça etiópica, por exemplo?

Uma tal metamorfose não é mais admissível que a hipótese de um tronco comum para o lobo e a ovelha, o elefante e o pulgão, a ave e o peixe. Ainda uma vez, nada poderia prevalecer contra a evidência dos fatos.

Tudo se explica, pelo contrário, admitindo-se a existência do homem antes da época que lhe é vulgarmente assinalada; a diversidade das origens; Adão, que viveu há seis mil anos, como tendo povoado uma região ainda inabitada; o dilúvio de Noé como uma catástrofe parcial, que se tomou pelo cataclismo geológico(3) e tendo-se em conta por fim, a forma alegórica peculiar ao estilo oriental, que se encontra nos livros sagrados de todos os povos. Eis porque é prudente não se acusar muito ligeiramente de falsas as doutrinas que podem, cedo ou tarde, como tantas outras, oferecer um desmentido aos que as combatem. As idéias religiosas, longe de perder, se engrandecem, ao marchar com a Ciência; esse o único meio de não apresentarem ao ceticismo um lado vulnerável.

(1) As recentes declarações do Papa Pio XII, admitindo os cálculos da Ciência para a formação da Terra, confirmam o acerto de Kardec nesta nota. (N. do T.)




(2) Advertência aos que condenam a Bíblia sem levar em conta os fatores históricos e a linguagem figurada do texto. (N. do T.)




(3) ) As escavações arqueológicas realizadas por Sir Charles Leonard Woolley, em 1929, ao norte de Basora, próximo ao Golfo Pérsico, para a descoberta de Ur, revelaram os restos de uma catástrofe diluviana ocorrida exatamente há quatro mil anos antes do Cristo. Ao encontrar a camada de lodo que cobria as ruínas da Ur primitiva, Woolley transmitiu a noticia ao mundo nos seguintes termos: “Encontramos os sinais do dilúvio universal”. Trabalhos posteriores comprovaram o fato, mostrando que houve um dilúvio local no delta do Tigre e do Eufrates, exatamente na data assinalada pela Bíblia. Este fato vem confirmar a previsão de Kardec. (N. do T.)

domingo, 23 de maio de 2010

Estamos Estudando Cap. 3 – A Criação - V – Pluralidade dos Mundos - LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC

Boa Noite meus amigos,hoje nós vamos dialogar sobre o
Cap. 3 – A Criação - III – V – Pluralidade dos Mundos

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V – Pluralidade dos Mundos


55. Todos os globos que circulam no espaço são habitados?


-Sim e o homem terreno está bem longe de ser, como acredita, o primeiro em inteligência, bondade e perfeição. Há, entretanto, homens que se julgam espíritos fortes e imaginam que só este pequeno globo tem o privilégio de ser habitado por seres racionais. Orgulho e vaidade! Crêem que Deus criou o Universo somente para eles.

Comentário de Kardec: Deus povoou os mundos de seres vivos, e todos concorrem para o objetivo final da Providência. Acreditar que os seres vivos estejam limitados apenas ao ponto que habitamos no Universo seria pôr em dúvida a sabedoria de Deus, que nada fez de inútil e deve ter destinado esses mundos a um fim mais sério do que o de alegrar os nossos olhos. Nada, aliás, nem na posição, no volume ou na constituição física da Terra, pode razoavelmente levar-nos à suposição de que tenha o privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de mundos semelhantes.

56. A constituição física dos diferentes globos é a mesma?


— Não; eles absolutamente não se assemelham.

57. A constituição física dos mundos não sendo a mesma para todos, os seres que os habitam terão organização diferente?


— Sem dúvida, como entre vós os peixes são feitos para viver na água e os pássaros, no ar.

58. Os mundos mais distanciados do Sol são privados de luz e calor, de vez que o Sol lhes aparece apenas como uma estrela?


— Acreditais que não há outras fontes de luz e de calor, além do Sol? Não tendes em conta a eletricidade, que em certos mundos desempenha um papel desconhecido para vós e bem mais importante que o que lhe cabe na Terra? Aliás, não dissemos que todos os seres vivam da mesma maneira que vós, com órgãos semelhantes aos vossos.

Comentário de Kardec: As condições de existência dos seres nos diferentes mundos devem ser apropriadas ao meio em que têm de viver. Se nunca tivéssemos visto peixes, não compreenderíamos como alguns seres pudessem viver na água. O mesmo acontece com outros mundos, que sem dúvida contêm elementos para nós desconhecidos. Não vemos na Terra as longas noites polares iluminadas pela eletricidade das auroras boreais? Que haveria de impossível para a eletricidade ser mais abundante que na Terra, desempenhando um papel geral cujos efeitos podemos compreender? Esses mundos podem conter em si mesmos as fontes de luz e calor necessárias aos seus habitantes.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Estamos Estudando Cap. 3 – A Criação - III – Povoamento da Terra – Adão - IV – Diversidade das Raças Humanas - LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC

Boa Noite meus amigos,hoje nós vamos dialogar sobre o
Cap. 3 – A Criação - III – Povoamento da Terra – Adão e IV – Diversidade das Raças Humanas.
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III – Povoamento da Terra – Adão


50. A espécie humana começou por um só homem?


— Não; aquele que chamais Adão não foi o primeiro nem o único a povoar a Terra.

51. Podemos saber em que.época viveu Adão?


— Mais ou menos naquela que lhe assinalais: cerca de quatro mil anos antes do Cristo.

Comentário de Kardec: O homem cuja tradição se conservou sob o nome de Adão foi um dos que sobreviveram, em alguma região, a um dos grandes cataclismos que em diversas épocas modificaram a superfície do globo, e tornou-se o tronco de uma das raças que hoje o povoam As leis da Natureza contradizem a opinião de que os progressos da Humanidade, constatados muito tempo antes do Cristo, se tivessem realizado em alguns séculos como o teria de ser, se o homem não tivesse aparecido senão depois da época abalada para a existência de Adão. Alguns, e com muita razão, consideram Adão como um mito ou uma alegoria, personificando as primeiras idades do mundo.


IV – Diversidade das Raças Humanas


52. De onde vêm as diferenças físicas e morais que distinguem as variedades de raças humanas na Terra?


- Do clima da vida e dos hábitos. Dá-se o mesmo que se dana com duas crianças da mesma mãe, que. educadas uma longe da outra e de maneira diferente, não se assemelhassem em nada quanto à moral.

53 O homem apareceu em muitos pontos do globo?


-Sim e em diversas épocas, e é essa uma das causas da diversidade das raças- depois, o homem se dispersou pêlos diferentes climas, e aliando-se os de uma raça aos de outras, formaram-se novos tipos.

53- a) Essas diferenças representam espécies distintas?


-Certamente não, pois todos pertencem à mesma família. As variedades do mesmo fruto acaso não pertencem à mesma espécie?

54. Se a espécie humana não procede de um só tronco, não devem os homens deixar de considerar-se irmãos?


- Todos os homens são irmãos em Deus porque são animados pelo espírito e tendem para o mesmo alvo. Quereis sempre tomar as palavras ao pé da letra.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Estamos Estudando Cap. 3 – A Criação - II – Formação dos Seres Vivos - do LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC

Boa Noite meus amigos,hoje nós vamos dialogar sobre o
Cap. 3 – A Criação - II – Formação dos Seres Vivos.
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II – Formação dos Seres Vivos


43. Quando a Terra começou a ser povoada?


— No começo, tudo era caos; os elementos estavam fundidos. Pouco a pouco, cada coisa tomou o seu lugar; então, apareceram os seres vivos, apropriados ao estado do globo.

44. De onde vieram os seres vivos para a Terra?


— A Terra continha os germes, que esperavam o momento favorável para desenvolver-se. Os princípios orgânicos reuniram-se desde o instante em que cessou a força de dispersão, e formaram os germes de todos os seres vivos. Os germes permaneceram em estado latente e inerte, como a crisálida e as sementes das plantas, até o momento propício a eclosão de cada espécie; então, os seres de cada espécie se reuniram e multiplicaram.

45. Onde estavam os elementos orgânicos antes da formação da Terra?


— Estavam, por assim dizer, em estado fluídico no espaço, entre os Espíritos, ou em outros planetas, esperando a criação da Terra para começarem uma nova existência sobre um novo globo.

Comentário de Kardec: A química nos mostra as moléculas dos corpos inorgânicos unindo-se para formar cristais de uma regularidade constante, segundo cada espécie, desde que estejam nas condições necessárias. A menor perturbação destas condições é suficiente para impedir a reunião dos elementos, ou pelo menos a disposição regular que constitui o cristal. Por que não ocorreria o mesmo com os elementos orgânicos? Conservamos durante anos germes de plantas e de animais, que não se desenvolveram a não ser numa dada temperatura e num meio apropriado; viram-se grãos de trigo germinar depois de muitos séculos. Há portanto, nesses germes, um princípio latente de vitalidade, que só espera uma circunstância favorável para desenvolver-se. O que se passa diariamente sob os nossos olhos não pode ter existido desde a origem do globo? Esta formação dos seres vivos, saindo do caos pela própria força da Natureza, tira alguma coisa à grandeza de Deus? Longe disso, corresponde melhor à idéia que fazemos de seu poder, a exercer-se sobre os mundos infinitos através de leis eternas. Esta teoria não resolve, é verdade, a questão da origem dos elementos vitais; mas Deus tem os seus mistérios, e estabeleceu limites às nossas investigações.

46. Há seres que ainda nascem espontaneamente?


— Sim, mas o germe primitivo já existia em. estado latente. Sois. Todos os dias, testemunhas desse fenômeno. Os tecidos dos homens e dos animais não contêm os germes de uma multidão de. vermes que esperam, para eclodir a fermentação pútrida necessária à sua existência? E um pequeno mundo que dormitava e desperta.

47. A espécie humana se achava entre os elementos orgânicos do globo terrestre?


— Sim, e veio a seu tempo. Foi isso que deu motivo a dizer-se que o homem foi feito do limo da Terra.

48. Podemos conhecer a época da aparição do homem e de outros seres vivos na Terra?


— Não; todos os vossos cálculos são quiméricos.

49. Se o germe da espécie humana estava entre os elementos orgânicos do globo, por que os homens não mais se formam espontaneamente, como em sua origem?


— O princípio das coisas permanece nos segredos de Deus; mas podemos dizer que os homens, uma vez. dispersos sobre a Terra, absorveram em si mesmos os elementos necessários à sua formação, para transmiti-los segundo as leis da reprodução. O mesmo aconteceu com as demais espécies de seres vivos.

domingo, 2 de maio de 2010

Estamos Estudando Cap. 3 – A Criação - I – Formação dos Mundos - do LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC

Boa Tarde meus amigos,hoje nós vamos dialogar sobre o Cap. 3 – A Criação - I – Formação dos Mundos . Esse Assunto eu pesquisei no Site:http://livrodosespiritos.wordpress.com/

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I – Formação dos Mundos


O Universo compreende a infinidade dos mundos que vemos e não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço e os fluidos que o preenchem.

37. O Universo foi criado ou existe de toda a eternidade como Deus?


— Ele não pode ter sido feito por si mesmo; e se existisse de toda a eternidade, como Deus, não poderia ser obra de Deus.

Comentário de Kardec: A razão nos diz que o Universo não poderia fazer-se por si mesmo, e que, não podendo ser obra do acaso, deve ser obra de Deus.

38. Como criou Deus o universo?


— Para me servir de uma expressão corrente: por sua Vontade. Nada exprime melhor essa vontade todo-poderosa do que estas belas palavras do Gênese: “Deus disse: Faça-se a luz., e a luz foi feita”.

39. Podemos conhecer o modo de formação dos mundos?


— Tudo o que se pode dizer, e que podeis compreender, é que os mundos se formam pela condensação da matéria espalhada no espaço.

40. Os cometas seriam, como agora se pensa, um começo de condensação da matéria, mundos em vias de formação?

— Isso está certo; absurdo, porém, é acreditar na sua influência. Quero dizer, influência que vulgarmente lhe atribuem; porque todos os corpos celestes têm a sua parte de influência em certos fenômenos físicos.

41. Um mundo completamente formado pode desaparecer, e a matéria que o compõe espalhar-se de novo no espaço?


— Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos.

42. Podemos conhecer a duração da formação dos mundos; da Terra por exemplo?


— Nada te posso dizer, porque somente o Criador o sabe; e bem louco seria quem pretendesse sabê-lo, ou conhecer o número de séculos dessa formação.